MÉTODOS TRANSVERSAIS (PSICOLOGIA)
INTRODUÇÃO
Estudo transversal
Representa uma abordagem para a compreensão da
criança e do adolescente através da descrição e exploração das mudanças
psicológicas que as crianças\adolescentes sofrem no decorrer do tempo.
A Psicologia do Desenvolvimento pretende
explicar de que maneiras importantes as crianças mudam no decorrer do tempo e
como essas mudanças podem ser descritas e compreendidas.
Para Biaggio (1980):
“O que
interessa à Psicologia do Desenvolvimento são as mudanças de comportamento que
ocorrem não em função do tempo, mas em função de processos intra-organísmicos
(internos) e de eventos ambientais que ocorrem dentro de determinada faixa do
tempo” (p. 22).
Área de conhecimento da Psicologia que estuda
o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físico-motor,
intelectual, afetivo-emocional e social.
Campo da Psicologia que se ocupa do
desenvolvimento individual, estudando os seus vários estágios e os processos e
características de cada um.
A Psicologia do Desenvolvimento pretende:
a) Observar
e descrever os fenômenos (exemplo: choro, agressão, linguagem, apego e etc.
b)
Explicar os fenômenos: explicar
quais os processos subjacentes, quais os mecanismos psicológicos, internos, que
atuam para possibilitar o aparecimento destes fenômenos comportamentais.
Evolução histórica
Fase 1 (Décadas de 1920 e 1930) – O objeto de
interesse da Psicologia estava pautado em fenômenos concretos, como o sono e a
alimentação da criança em várias etapas da sua vida.
O método utilizado era o método descritivo,
baseado em observação natural. Ou seja, uma descrição dos fenômenos, sem
interferência do pesquisador.
Exemplo: estudos sobre o desenvolvimento da linguagem
que consistiam essencialmente de dados normativos apresentando o nível médio de
palavras constantes do vocabulário de crianças de várias faixas etárias.
A teoria representativa da época era a de
Gesell, que tinha como principal conceito a idéia de “maturação”.
Critica: não passa de um mero rótulo que
sumariza e descreve observações, mas não explica as causas das mudanças no
comportamento.
Fase 2 (Décadas de 1940 a 1950) – Há a tentativa de se
estabelecer relações entre variáveis. Os conteúdos representaram um ponto
intermediário entre o concreto da fase anterior e o abstrato da fase seguinte.
Utiliza-se com maior ênfase, nesse período, o
método correlacional de pesquisa.
Proliferaram estudos sobre as relações entre
inteligência e nível socioeconômico, ajustamento e nível socioeconômico,
permissividade materna e ajustamento dos filhos, entre outros.
Fase 3 (Décadas de 1960 até hoje) – Os objetos de estudo
estão pautados em temas abstratos, como a agressividade, ansiedade, pensamento,
dependência, aprendizagem.
Interesse em explicar as causas das mudanças
de comportamento. Predomínio do método experimental, utilizando-se estudos de
laboratórios ou situações naturais onde as variáveis podem ser manipuladas.
Há grupos experimentais e de controle.
Objetivos
A Psicologia do Desenvolvimento procura
descrever as funções psicológicas das crianças em diferentes idades, e
descobrir como tais funções mudam com a idade.
Um dos seus objetivos é descobrir quando e
como cada tipo de comportamento vai aparecendo.
Objetos
de Estudo
O objeto de estudo da Psicologia do
Desenvolvimento consiste nos processos intra-individuais e ambientais que levam
a mudanças de comportamentos.
O ser humano na sua permanente evolução.
O que muda? Como muda? E quando muda?
Aspectos do Desenvolvimento
a) Cognitivo
b) Motor
ou físico
c) Perceptivo
d) Linguagem
e) Moral
f) Psicossexual
g) Comportameto
social e personalidade
h) Emocional
Métodos
Método descritivo – consiste na observação de
fenômenos e registro das ocorrências.
O grau de precisão dessas observações varia
desde a observação casual até as
observações mais controladas.
Método
correlacional
Analisa e relação de co-variação entre dois
fenômenos ou variáveis;
Em suma, verifica-se se, pelo menos, duas
“coisas” caminham de forma conjunta, seja proporcionalmente ou não;
Trabalha com critérios matemáticos previamente
definidos(valores estatísticos)
Maior quantidade de estudos;
Não responde causa e efeito;
Exemplos:
ü Inteligência
do filho e manifestações afetivas maternas positivas
ü Quem
vem antes?
ü Em
que condições se influenciam?
ü Há
uma 3ª variável em questão, porém, ainda não mensurada? (ex. prestígio social)
ü Em
que medida agem ?
ü Como
utilizar uma para afetar a outra?
Método
experimental
A essência desse método é a de que o
experimentador manipula algum fator (variável independente), mantém outras
condições constantes e, dessa forma, verifica a variação sobre o fenômeno
observado.
É o método mais seguro, pois permite ao
experimentador o controle das variáveis.
A crítica feita a este método é o
artificialismo e não serem, muitas vezes, passíveis de generalizações.
Exemplos:
ü Crianças
que são reforçadas através de elogios apresentam melhor desempenho em testes de
inteligência?
ü Dois
grupos pareados: para um se oferece o estímulo e para o outro não
Método
do uso de testes
Em Psicologia, um teste é um instrumento para
apreciar as funções psicológicas ou aspectos de conduta, personalidade, em uma
situação controlada.
No caso da Psicologia da Aprendizagem, por
exemplo, os testes são muito utilizados no diagnóstico de aptidões dos alunos.
Exemplo: Testes de inteligência;
Método
de observação transversal
São efetuadas em tempo muito menor, empregando
sujeitos de diferentes idades.
Por ser mais fácil e econômico, o método
transversal tem sido usado mais freqüentemente.
Exemplo: com a finalidade de se estudar o
desenvolvimento do raciocínio seria utilizado crianças de idades variando de 4
a 10 anos e estas seriam submetidas a testes adequados a cada faixa etária.
Panorama
atual
1. Comportamentos
Pró e Anti-Social na infância;
2. Importância
da ludicidade na infância;
3. Desenvolvimento
em condições singulares (ex. crianças de rua ou portadoras de necessidades
especiais)
4. Mídia,
consumo e infância.
5. Limites
e infância: castigos e punição.
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